terça-feira, 24 de novembro de 2015

O VERDADEIRO NOME DE ALGUNS FAMOSOS

Wilson Ibiapina
 
Mudar de nome não basta para alcançar a fama, mas pode ajudar.
Pelópidas Guimarães Brandão Gracindo virou Paulo Gracindo;
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Emival Eterno Costa é o cantor Leonardo.
 
 
 
 
Nilcedes Soares Magalhães Sobrinho virou Glória Menezes, casada com Tarcísio Magalhães Sobrinho, mais conhecido como Tarcísio Meira.
 
 
 
A Sonia Maria Vieira Gonçalves ficou conhecida como Susana Vieira.
 
 
 
 
 
 
 
 
Ariclenes Venâncio Martins ficou famoso como Lima Duarte.
 
 
 
 
 
 
Mas isso não acontece só no Brasil. Muita gente admira o trabalho de Carlos Irwin Estevez e nem sabe. Ele é Charles Sheen, polêmico ator e comediante norte-americano, que recentemente declarou publicamente ser portador do vírus HIV.
Charlie Sheen
 
Se alguém perguntar se você curte as músicas de Agenor de Miranda Araújo Neto, você é capaz de dizer não, pois não sabe que ele é o Cazuza. Maria da Graça Meneguel é outra que trocou o nome para Xuxa. Já a Stefani Joanne Angelina Germanotta inspirou-se na música "Radio Ga Ga" da banda Queen para trocar o nome para Lady Gaga. Reginald Kenneth Dwight vai cantar na sua cidade. Você iria? Vá, ele é o Elton John. E a Norma Jeane Mortenson trocou para Marilyn Monroe e deslumbrou meio mundo, até presidente americano..
 
Paulo José Cunha manda Email dizendo que não posso esquecer de Antony Steffany, o mocinho dos spaghetti western, que na pia batismal, numa cidadezinha do interior de SP ou MG, não sei bem, recebeu o nome de Antonio de Teffé.

RESCALDO DA COPA

 
Wilson Ibiapina
Na manhã de um sábado de setembro, às vésperas da primavera, fui até à Feira da Torre de Televisão. Aproveitei para conversar com os feirantes sobre a onda de turistas que invadiu o local nos dias de jogos no Mané Garrincha, que fica bem ao lado.
 
Os argentinos eram os primeiros a chegar. Às seis e meia da manhã eles já estavam por lá bebendo cerveja e reclamando dos preços. Os colombianos, também, encrenqueiros, só pagavam depois de muita reclamação. Os dois, oriundos de países de moeda fraca. Os europeus pagavam 10 reais por uma lata de cerveja. Achavam tudo barato. Um feirante foi multado ao ser flagrado vendendo um copo de caipirinha por 99 reais.
 
Os mais de dez mil turistas, principalmente os estrangeiros, comiam pouco, bebiam muito. Os suíços provaram o acarajé da Mainha. Pediram pimenta, pagaram sem reclamar. Os asiáticos e africanos também encararam a comida baiana. Para evitar protestos ou brigas, tudo tinha que fechar às 10 da noite, para revolta dos argentinos que arrumaram uma confusão com policiais. Para acabar com qualquer resistência, a Polícia passou a espalhar gás de pimenta na praça de alimentação. Não ficava ninguém depois das dez. Nem os argentinos bêbados, que saiam reclamando da "falta de liberdade". Foi na Feira que a Polícia Federal prendeu um colombiano, cambista, que estava com o bolso cheio de dinheiro e de ingressos para os jogos.
 
 

segunda-feira, 23 de novembro de 2015

DESCULPA DE BIRITEIRO



Wilson Ibiapina
 
Marcelo Ribas é um mineiro super conhecido, que teve que vender bares e restaurantes para se dedicar apenas ao cartório que tem o nome dele. Não deu pra misturar as duas coisas.  Ribas conta que, quando era dono do Gaff, um recanto brasiliense que dividia com o Piantela, do Marco Aurélio, a preferência dos políticos, viu num canto um velho freguês que estava  sumido.

Depois dos cumprimentos, o frequentador do Gaff contou que não andou passando bem e que, a conselho de amigos, pediu ajuda de um médico. Depois de analisar um monte de exames, o doutor viu que ele estava bebendo muito, passou uns remédios e o conselho: - Se você quer viver mais, diminua o consumo de bebidas.
A receita recomendava:  no máximo duas taças de vinho e duas doses de uísque por dia. Saiu do consultório achando que o doutor estava exagerando.  Foi em busca de uma segunda opinião. E o novo médico foi claro: Não exagere, não passe de duas taças de vinho e duas doses de uísque por dia.
Parecia perseguição. Saiu e procurou um terceiro, um quarto médico. Todos com a mesma recomendação.
Marcelo Ribas, que estava impressionado com a voracidade com que o amigo continuava bebendo, perguntou:
 Oito taças de vinho, oito doses de uísque, todo dia, você não acha que está bebendo muito?

- Não! Consultei a quatro médicos. Cada um recomendou duas doses de uísque e duas de vinho. Estou respeitando a prescrição.


ACEITA UM DRINQUE?


 
Wilson Ibiapina
Um dentista de Brasília ganhou de presente de um cliente duas garrafas de uísque Old Parr 12 anos. Um dia, olhando para o bar de sua casa, viu as duas garrafas e resolveu chamar alguns amigos para ajudá-lo a saborear o uísque criado em 1871 pelos irmãos James e Samuel Greemles.
Ao formular o convite ia contando que a bebida foi batizada de Old Parr em homenagem ao velho Thomas Parr, que nasceu em 1483 e viveu 152 anos. A outro, dizia que o espírito de longevidade deste incrível homem estava em cada dose de Old Parr.  A um terceiro amigo informava que envelhecido por 12 anos, o principal malte de composição é o Cragganmore, o mais famoso malte de Speyside, região onde nasceu o scotch whisky.
De posse dessas informações, que deixaram todos com água na boca, sedentos para devorar aquela maravilha, chegaram ao apartamento do dr. Safe Carneiro. Foram levados a uma varanda com cadeiras e uma mesa com copos, gelo e tira-gosto. Faltava o legítimo malte escocês.
Marcelo Ribas, que devia fazer parte desse grupo, conta que o dono da casa tomou o maior susto quando chegou ao bar para pegar as prometidas garrafas de Old Parr. Para sua surpresa, estavam vazias.
Um de seus irmãos, diariamente, de gole em gole, devorou o precioso líquido. Na prateleira, ainda lacradas, apenas duas garrafas de Old Eight, o primeiro whisky brasileiro, produzido a partir de 1965 com maltes envelhecidos 8 anos.
 
O jeito foi pedir desculpa e , na maior cara de pau, o dentista ofereceu o Old Eight. Para quem estava preparado para um Old Parr 12 anos, foi mesmo que um tapa. Revolta geral. Não adiantou o argumento de que o Old Eight ficou conhecido pelo slogan "O bom whisky você conhece no dia seguinte".
Um dos convidados bradou irritado:
- Você nos convida para um Old Parr e  nos oferece um Old Eight! Isso é uma ofensa.
O anfitrião, sem ter mais argumento saiu-se com essa:
- Não entendo vocês. Não sei pra que tanto protesto. Não estão vendo que Old Eight também é par?


15 de NOVEMBRO

 

 
O feriado que comemora a Proclamação da República, este ano, 2015, caiu num domingo. Poucos lembraram o 15 de
novembro de 1889.
A revista Veja História trouxe detalhes da data, numa narrativa jornalística dos últimos instantes da família real no Brasil.  
 
 
 
Proclamada a República, o Imperador Dom, Pedro II é obrigado a embarcar de madrugada com a família no navio Alagoas rumo ao exilio na Europa.
Princesa Isabel, 43 anos, protestava; "Não sigo sem meus filhos. Ela e o marido Gastão de Orléans, o conde D'Eu, haviam enviado os seus três filhos para Petrópolis na sexta feira. Eram 2 horas da madrugada de domingo passado, dia 17. Reinava uma balbúrdia considerável no salão principal do velho solar do Paço da Cidade, no Rio de Janeiro. Meia hora antes, o tenente-coronel João Nepomuceno de Medeiros Mallet havia batido à porta do palácio e mandado acordar toda a família imperial. Falando em nome do governo provisório; Mallet queria que o soberano destronado, sua mulher, a imperatriz Tereza Cristina, sua filha, a princesa Isabel, seu genro, o conde D' Eu, e seus quatro netos embarcassem para o exílio naquele momento, no meio da madrugada em que caía um chuvisco frio sobre o Rio de Janeiro. O objetivo declarado dos republicanos era evitar que, num embarque durante o dia, simpatizantes mais exaltados do novo regime hostilizassem o monarca e seus familiares. O objetivo real era o oposto exato: tornar mais difícil que viessem à tona manifestações de solidariedade a D. Pedro II.
 
Da lancha, a família teve de ser encaminhada ao cruzador Parnaíba, onde aguardariam a chegada dos três filhos da princesa e só então navegariam para a Ilha Grande, para embarcar no Alagoas.
 
Foi um custo, na noite escura e chuvosa, encontrar o Parnaíba. Mais difícil ainda foi fazer D. Pedro II passar da lancha para o cruzador. Com o mar agitado, uma escuridão tenebrosa e uma precária escada ligando os dois barcos, Mallet e o conde Mota Maia, médico particular do imperador, tentavam empurrar D. Pedro II da lancha para o Parnaíba. De cima, alguém lhe dava a mão para puxá-Io, mas o imperador, de 63 anos, fraquejava e oscilava. Horrorizado, Mallet contemplou a hipótese de D. Pedro II cair no mar e julgou que seria praticamente impossível salvá-Io. O tenente-coronel contou depois que se o soberano caísse pularia no mar e só sairia com ele salvo. Preferia morrer a ser acusado de ter afogado o monarca.
 
O imperador permaneceu no tombadilho até as 10 horas da manhã, sentado sob uma lona que fora estendida para protegê-Io do chuvisco, até que seus três netos chegassem. Ao meio-dia, o Parnaíba começou a movimentar-se rumo à Ilha Grande. Foi uma viagem lúgubre, com os passageiros pálidos e soturnos. "Mas o que fizemos para ser tratados como criminosos?", perguntava a imperatriz Tereza Cristina ao embaixador da Áustria no Brasil, conde de Weisersheimb, que acompanhou a família real no cruzador para se despedir. "Não pense muito mal de meu país", afirmou Isabel ao austríaco. "Eles estão agindo como num acesso de loucura." Meio alheio aos acontecimentos, o imperador era o único que não demonstrava nenhuma emoção.
 
No Alagoas, o início de viagem foi relativamente calmo. D. Pedro II conversava com José Maria Pessoa, comandante do navio, tentava reconhecer os pontos da costa e raramente se referia à Proclamação da República.
 
Ao passar ao largo da Ilha de Fernando de Noronha, o último pedaço de terra brasileira avistado pelos passageiros, D. Pedro de Alcântara, o príncipe do Grão-Pará, de 14 anos, teve uma idéia. "Vamos soltar um pombo!", proclamou. Todos toparam. O imperador pegou um papel, escreveu "Saudades do Brasil", todos assinaram embaixo, e a mensagem foi amarrada num pombo para que ele a levasse até Fernando de Noronha. Esqueceram-se, no entanto, de que todas as aves, levadas a bordo para serem servidas nas refeições, tinham suas asas cortadas. O pobre pombo foi impelido por uma rajada de vento, mas logo caiu no mar, afogando-se com a mensagem "Saudades do Brasil" ante os olhos consternados dos Orléans e Bragança.
 Depois,
Dom Pedro II escreveu o soneto
Terra do Brasil
Espavorida agita-se a criança,
De noturnos fantasmas com receio,
Mas se abrigo lhe dá materno seio,
Fecha os doridos olhos e descansa.
Perdida é para mim toda a esperança
De volver ao Brasil; de lá me veio
Um pugilo de terra; e neste creio
Brando será meu sono e sem tardança...
Qual o infante a dormir em peito amigo,
Tristes sombras varrendo da memória,
ó doce Pátria, sonharei contigo!
E entre visões de paz, de luz, de glória,
Sereno aguardarei no meu jazigo
A justiça de Deus na voz da História!
Dom Pedro II

Homenagem 80 anos Wilson Ibiapina