Nos 70 anos de querido WI ele bem merece a frase do literato popular “ amigo meu não tem defeito”. Merece também eu copiar o poetinha Vinicius de Moraes com o verso “ ele nem sabe o quanto é meu amigo”. E digo isso, sem nenhum exagero, para realçar a falta que ele me faz com sua presença punjante, sua imaginação criativa e seu comportamento solidário. Dizer ainda que ele é um grande profissional, que nasceu repórter e é um jornalista brilhante no relato dos fatos é muito pouco. Acrescento o excelente pai e avô. O marido amigo, companheiro inquieto e doce da dona Edilma.
Lá se vão quase 50 anos de amizade. Impura é verdade, não por pecados, mas pela ausência. A vida nos afasta por anos seguidos e quando nos reaproxima parece que jamais nos afastamos. O Ibiapina é a confirmação plena de que a amizade é nobre, e mesmo distante, basta o conforto da existência. Ele não é perfeito, longe disso, seus erros, suas falhas, e
suas faltas nunca foram para prejudicar outrem. Tudo foi com muita
intensidade e em busca do aprimoramento. Esse comportamento o aproxima do
adágio de Santo Agostinho “ não basta não fazer o mal, é preciso fazer o bem, todo o bem que puder”.
Meu testemunho é pouco mas pode ser ratificado por sua legião de admiradores e amigos em Brasília. Presidentes, magistrados, parlamentares, a guilda de jornalistas por todo o Brasil, poderosos do dia e da noite e ex-poderosos também. Conheço uma dezena de histórias saborosas do Ibiapina com poderosos de hoje nas avenidas e noites da capital federal. Não posso contá-las sob pena de violar sua intimidade. Mas mencionar esses fatos é um testemunho do caráter e um exemplo de vida profissional desse cearense querido que jamais perdeu as raízes e virou cidadão do mundo.
De lisboa a Moscou. De Nova York a Amsterdã. De Londres ao Rio de Janeiro. De Brasília à Serra do Araripe. Do Diário do Nordeste à Rede Globo. Do Toninho Drumond ao Carlos Henrique; do Roberto Irineu ao Fernando Cesar Mesquita; do Sarney ao Oscar Niemeyer, do Raimundo Fagner ao Orlando Brito; do Serra Gurgel ao velho Ulisses Guimarães, do Roberto Marinho ao Fernando Henrique Cardoso. É uma legião que meus neurônios não são capazes de reproduzir. Todos com um ponto em comum: admiradores ferrenhos da seriedade profissional, do afeto reverencial, do respeito às necessidades alheias. E a dedicação existencial em qualquer tarefa a que se proponha.
Posso ter exagerado aqui nas açucardas linhas, mas o que poderia eu escrever sobre os 70 anos de quem tanto gosto e admiro? nada mais.
Viva Ibiapina! Viva seus 70 anos! E que estejamos todos vivos para
comemorarmos os seus 80.
do amigo de fé, irmão, camarada,
Aleluia Hildeberto
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