segunda-feira, 8 de agosto de 2011

PEGA-PINTO: UMA BEBIDA QUE REFRESCAVA OS FORTALEZENSES





O jornalista Gervásio de Paula me remeteu a Fortaleza dos anos 60, época em que o refrigerante preferido dos habitantes da cidade era o refresco - ou aluá? - de Pega-Pinto.

Trata-se de uma raiz que chegou a ser colhida entre os túmulos do cemitério São João Batista para poder garantir o consumo. Na praça do Ferreira, o comerciante Mundico abriu uma lanchonete - ou merendeira? - de apenas uma porta, bem pequena, que tinha como principal produto o Pega-Pinto, delicioso diurético que era servido com tapioca ou pedaço de bolo.

Depois dos filmes nos cines Moderno, Majestic, São Luiz ou Diogo, a rapaziada lotava o Pega-Pinto do Mundico, que concorria com o caldo de cana da Leão do Sul. O progresso expulsou o Mundico da rua Major Facundo para a Duque de Caxias, perto da praça do Carmo. Fui embora de Fortaleza e não tive mais notícia da garapeira famosa.

Hoje, o Gervásio espalha na Internet essa foto dele tomando aluá de Pega-Pinto por um Real. Vou saber onde fica para fazer o mesmo quando for a Fotaleza. Só espero que não seja armação dele para nos matar de inveja e saudade.

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O ALUÁ ESTÁ DE VOLTA EM FORTALEZA


Aí está a resposta do Gervásio:

Wilson,

O pega-pinto é vendido, atualmente, na lanchonete Azteca, no térreo do edificio da ACI, esquina das ruas Liberato com Pereboyre Siva, onde joguei muita conversa fora com omestre Américo Barreira, quando editei durante 10 anos a revista RMC, de responsabilidade jurídica dele.

O escritório do Estadista do Municipalismo, nome que deiquando escrevi a biografia do Américo, em 2003, com capa de Audifax Rios e prefácio de Blanchard Girão, pela Fundação de Cultura, Esportes e Turismo (Funcet). Na época dirigida pelo poeta Barros Pinho.

A foto do pega-pinto foi feita recentemente pelo Antônio Duarte, profissional da velha Última Hora, do SamuelWainer e outras publicações de renome na década de 60. Ele veio para Fortaleza com promessa de se fixar, numa empresa de comunicação - mesmo após as eleiçõesrecentes - para quem trabalhou. Levou bolo. E, agora, está desempregado, sobrevivendo numa quitinete com umas economias que fez. Aqui e ali faz free-lancer para o DN. Fez, inclusive, um documentário sobre a Praça do Ferreira.

O seu blog está bom...Precisa de um cronista leve para contar, com lirismo, fatos ocorridos diariamente nas ruas.

Abrs

Gervásio de Paula

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