Foi
na década de 60 do século passado. Ainda estudantes, Fausto Nilo, Rodger
Rogério e Antônio Carlos Coelho voltavam a pé de uma farra no bar do Anísio, na
beira mar de Fortaleza. O dia estava amanhecendo quando chegaram à praça José
de Alencar, terminal de ônibus no centro da cidade. O Sol já tinindo, gente
fervilhando, bares começando a receber os primeiros fregueses. Os três são
acometidos de uma vontade louca de tomar uma geladinha. Sem dinheiro, surge a
idéia quando encontram na esquina um ceguinho pedindo esmola. Viola no braço,
chapéu no chão, mas ninguém ajudar. Pedem licença ao pedinte e assumem.
Era
um domingo de manhã. O ceguinho tocava flauta, Rodger acompanhava no violão, o
Fausto cantava e o Antônio Carlos passava o chapéu. Em pouco tempo, a grana
começava a sobrar pelas bordas. Tiraram o da cerveja, devolveram o chapéu.
Quando o ceguinho passou a mão e sentiu o volume do apurado não se
conteve. Abriu um sorriso e antes de agradecer, perguntou: - pessoal,
quando é que vocês voltam aqui?
Nenhum comentário:
Postar um comentário