domingo, 3 de abril de 2016

O GOVERNANTE QUE O POVO DERRUBOU NO CEARÁ



No momento em que o país vive feito barco sem rumo em mar revolto, recebo em casa o livro "Libertação do Ceará", presente do embaixador Ronaldo Sardenberg. Foi escrito em 1914 pelo baiano Rodolpho Theóphilo e reeditado pela Fundação Waldemar de Alcantara .

O baiano que chegou ao Ceará menino, virou farmacêutio, inventou a cajuína, participou da Padaria Espiritual e ajudou a fundar a Academia Cearense de Letras, escreve sobre a queda da oligarquia Acioli.

Começa o livro criticando o governo de Bizerril Fontenelle, administrador nulo que deixou dois mil contos de reais nos cofres públicos que, depois, foram delapidados  por Acioli. O escritor diz que "a arte de governar é muito difícil ao Sr. Bizerril. Faltavam-lhe as boas qualidades essenciais a um bom administrador. Não basta somente ser honesto para dirigir bem os destinos de um povo. São necessários outros predicados que o Sr. Bizerril não tinha."  Na terra da seca nunca fez um açude.


O sucessor dele foi outro desastre. Pegou os 2 mil contos de reis e acabou com ele. Antônio Pinto Nogueira Accioly era um homem rude, sem cultura, sem senso prático e ainda era desonesto. O primeiro governo dele de 1896 a 1900 foi um desastre. Quando governou o Ceará pela segunda vez, Rodolfo Teófilo diz que ele passou dos limites. "O povo exasperado com suas violências, pegou em armas e o obrigou a renunciar."

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