Aconteceu no Piantella
Um dia, levei o
Tom Cavalcante ao Piantella. Antes do almoço ficamos fazendo hora no bar. Os amigos foram
chegando, a bebida rolando e a conversa solta no mundo, indiferentes ao amigo
Tom, não o reconheceram. Aí chegou a hora de apresentá-lo. Quando descobriram que estavam diante do
grande humorista de Sobral foi um Deus nos acuda. Nunca vi nada parecido.
Transformaram-se em espirituosas criaturas. Cada um queria contar uma história
mais engraçada do que a outra. Era como se estivessem querendo que o Tom um
dia lembrasse deles, contando no palco uma de suas histórias.
O então senador
Artur Virgílio contou um fato que protagonizara quando candidato no Amazonas.
Um bêbado queria que ele fosse até a mesa onde estava a família dele. Insistiu
tanto que não teve saída. O senador, depois das apresentações, resolve abreviar
sua passagem pela mesa fazendo um brinde:
- Vamos saudar a esposa do nosso
companheiro, um brinde a todos.
E o bêbado, mais
irreverente, não podia:
- Esposa, não, senador. Tô só transando.
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Gonzaga Mota |
Numa sexta,
levei o economista Gonzaga Mota para almoçar no Piantella. Marco Aurélio, o
dono do restaurante, chega e apresento o Gonzaga como futuro governador do
Ceará. Ele duvidou do potencial do candidato. Poucos meses depois estava em Fortaleza,
convidado do governador, participando da posse.
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Rafael Rabelo |
Noutra sexta,
Carlos Henrique adentra ao bar do Piantella na companhia de Rafael Rabelo.
Nesse dia não teve almoço. Foi muito violão, dedilhado com maestria, para nosso
deleite, até à seis da tarde. Foi quando fiquei sabendo que Rafael era irmão
dos jornalistas Rui Fabiano e João
Bosco, dois papas da mídia brasileira e, de quebra, cunhado do Paulinho da
Viola.
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