Em 1964 (ou 1965), o Francisco Augusto Pontes, também conhecido como Chico Pontes, resolveu encenar a peça do Millôr "Do Tamanho de um Defunto". Juntou um elenco do bom: João Falcão, Misael Fernandes, Lurdinha Martins e o Ednardo "MileUm". Ensaiaram alguns meses, aprontaram tudo.
Às vésperas da estréia, o Augusto desentendeu-se com todo o elenco (até hoje não sei porque), mandou tirar o nome do cartaz (como diretor) e transferiu a direção para o João Falcão.
No dia da estréia, fui ver a peça e sentei ao lado do Augusto. Acontece que, nos momentos mais engraçados, em que o pessoal mais ria, ele me catucava com o cotovelo e dizia: "esse João Falcão é um danado!!!" Só que as marcações eram dele, Augusto.
A partir daí, o João virou personagem do Augusto. Ele inventava as histórias, dizia que era o João e quando as pessoas duvidavam ele dizia: "o João anda numa crise de criatividade enorme..."
Em 1966, o Evanry resolveu produzir um espetáculo, juntando a peça a um show do Grupo Cactus e fazer um giro pelo interior. Foram a Iguatu, Crato e Juazeiro, se não me engano. Nessa excursão o Misael não pode viajar e foi substituído pelo Zé Humberto. O Cactus era Rodger, Petrúcio, Renatinho (baterista), Nonato Freire e não me lembro o resto.
A Lurdinha pode se lembrar de mais histórias. Acredito que foi a primeira peça do Millôr levada ao palco do Zé de Alencar. Em 66 ou 67, o B. de Paiva dirigiu "Liberdade, Liberdade", com Aderbal, Carlinhos, Eliete e mais outra atriz cujo nome não recordo.
Abs.Francis
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