Wilson Ibiapina
Quem chega a Calais, no norte da França, para pegar um barco e atravessar o canal da mancha rumo a Londres, nunca imagina que a dez minutos dalí está escondido num bosque o bunker nazista mais famoso da segunda guerra mundial. Já passei várias vezes por alí sem nunca imaginar que dentro daquela mata os alemães montaram um bunker onde desenvolveram a mais sofisticada tecnologia de guerra.
O local virou um museu que expõe à céu aberto caminhões, automóveis, motocicletas, canhões, metralhadoras e outros equipamentos utilizados na segunda guerra mundial. Foi neste bunker de concreto construido por escravos que os alemães montaram suas sofisticadas armas, como os foguetes V-1 e V2 que foram lançados sobre Londres, que fica a pouco mais de 300 quilômetros, do outro lado do Canal da Mancha.
Eram foguetes com tecnologia infravermelha, com desenhos aerodinâmicos prontos para aniquilar os ingleses. Os alemães sob o comando de Hitler erraram. Os nazistas imaginaram que as tropas aliadas chegariam por Calais, a parte mais estreita entre França e Inglaterra. Um milhão e meio de soldados ingleses e americanos deram o golpe. Desembarcaram mais embaixo, na Normandia. Era 6 de junho de 1944, o Dia D.
Setenta e cinco dias depois as tropas aliadas e a resistência francesa chegavam a Paris. Hoje, França e Alemanha já fizeram as pazes. O nazismo continua vivo, mas como lembra o jornalista da Veja, Mário Sabino, “a União Européia liquidou de uma vez por todas com essas tentações totalitárias advindas da praga do nacionalismo.”
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