domingo, 6 de janeiro de 2013

O NOME DELA É JEROPIGA E VEM DE PORTUGAL




 Wilson Ibiapina
 
Todas as vezes que viajo para Portugal tem sempre um amigo dando dicas de lugares, comidas e bebidas. Lembro que foi o repórter fotográfico Orlando Brito quem me apresentou a Ginjinha. " Vai alí num boteco, ao lado do teatro, no Rossio, que você encontra". Todo final de tarde, estão lá muitos jovens, com copinhos de plástico na mão, conversando e bebendo ginginha.

Entre um vinho, uma bagaceira ou um tinto fui conhecendo outras delícias como a aguardente velha, que os portugueses consideram mais saborosa que o conhaque francês; Na última viagem que fiz na companhia do casal de portugueses Branca e Bragança, fui apresentado a um licor, o Jeropiga.



Agostinho Gonçalves é engenheiro de avião, trabalhou muitos anos em Moçambique como funcionário da TAPHoje, aposentado, curte a vida. Mora em São João do Estoril, onde, por diletantísmo, fabrica bagaceira e Jeropiga, o licor especial que fez questão que trouxesse para Brasília.

Ainda não abri a garrafa para sentir o sabor, mas comentei com o Hermínio Oliveira sobre o presenteO portuga que é fotógrafo, mora há muitos anos em Brasília e que conhece tudo de Portugal, me disse na hora que é líquido precioso, bebida alcoólica tradional de Portugal que está sempre à mesa da família lusitana.


Graça ao meu amigo fotógrafo, fiquei sabendo que ela é preparada adicionando aguardente ao mosto de uva para parar a fermentação, ficando uma bebida mais doce e mais alcoólica que o vinho. O dicionário Houaissdiz que o vocábulo pode ser uma corruptela de "xaropiga", inventada a partir de xarope. Agostinho,  que me presenteou com uma garrafa preparada por ele, em casa, disse que adicionou um litro de aguardente a cada três mosto, agitou no garrafão e deixou repousar até o magusto.



Como não tinha universitários, pedi a ajuda do Hermínio, de novo. Ele teve que explicar que o Magusto é festa popular que comemora o dia de São Simão, o dia de Todos os Santos ou o dia de São Martinho. A celebração que ocorre também nas Astúrias ou na Galiza, onde se chama em galegode Magosto. Como meu organismo tem problema com açúcar, vou de bagaceira e aguardente velha. Deixo a Jeropiga para amigos mais sadios que gostem de licor.


5 comentários:

  1. No mercadinho perto de casa, vi o proprietário elogiando a Jeropiga. Fiquei curioso e como o preço estava bom, resolvi comprar uma garrafa. Vamos ver... digo, vamos beber!

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  2. gostaria de comprar pela internet pois aqui nao vende!! digosmatos@hotmail.com

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  3. Olá Ibiapina cheguei a seu blog mediante pesquisa no Google "Onde comprar jeropiga em Brasília". Sou português, moro em Brasília e gosto de fotografia, apesar de meu amadorismo, tal qual seu amigo. Caso queira ver meu trabalho - www.facebook.com/alvaroramos.1851 - Comentei nesta conversa de Piaba porque gostei do assunto e do texto.

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  4. Informo que a Jeropiga brasileira em destaque neste artigo trata de uma imitação do Vinho Branco Jurupinga Dinalle, inclusive devido à processo judicial este fabricante substituiu o rótulo, assim pedimos gentilmente que este respeitável blog substitua a imagem do produto Jeropia 2001 pela imagem atual do rótulo. Para colaborar com este blog cito as Jeropigas Brasileiras que fazem a tradicional Jeropiga Portuguesa: Jeropiga Campino, Jeropiga São Geraldo e Jeropiga Santa Cecília. Há também a Jeropiga Artesanal da Ilha de Navegantes no Rio Grande do Sul.

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    1. Caro Erico, corrigindo a jeropiga feita artesanal é da Ilha dos Marinheiros, distrito da cidade do Rio Grande no estado do RS.

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Homenagem 80 anos Wilson Ibiapina