Wilson Ibiapina
Todo mundo já ouviu falar no líder revolucionário Ho Chi Minh. Ele se tornou um dos maiores dirigentes históricos do movimento comunista internacional. Comandou até morrer, em 1969, a luta do povo vietnamita pela sua emancipação nacional e social contra o colonialismo francês e contra os agressores japoneses e norte-americanos.
O que poucos sabem é que o herói do Vietnam foi conhecer mulher no Rio de Janeiro. Foi uma cearense, que fazia ponto num cabaré carioca quem tirou a virgindade do grande homem.
Essa história foi contada por um velho marinheiro no café de um hotel da cidade de Saigon, hoje Ho Chi Minh, e foi ouvida pelo jornalista Macário Batista que, por uma dessas coincidências da vida estava numa mesa ao lado.
Ainda jovem, Ho Chi Minh percorreu o mundo,trabalhando como marinheiro, padeiro, cozinheiro e outros ofícios, em países como França, Inglaterra e EUA.Em 1911, depois de ter ensinado francês em uma pequena escola em Hue, Ho chi Minh (que nesta época se chamava Nguyen Tat Thanh) parte para Saigon onde se matricula em uma escola profissional de marinheiros.
Em fins deste ano, Ho Chi Minh (que se intitulava Ba) embarca, como auxiliar de cozinheiro, no navio La-Touche-Tréville. Passou anos a bordo e assim pode conhecer os principais portos mediterrâneos e africanos. Há relatos que nesta época (1912-1914) veio a conhecer o Brasil e, em 1915, os EUA onde encerrou seu trabalho como marinheiro. Foi neste período que pôde observar as semelhanças do sofrimento destes povos e dos seus irmãos vietnamitas, sempre tomando o lado dos explorados na luta pela libertação.
Na passagem pelo Rio de Janeiro, ouviu o Macário, Ho Chi Minh estava com apenas 21 anos de idade. Era cozinheiro do tal navio francês. O velho marinheiro, em tom de confidência, revelou que naquela viagem, Minh foi levado por um grupo de jovens trotkistas para uma casa de meretrício, na Rua das Marreca. Para quem não conhece o Rio, essa rua fica no centro da cidade e recebeu esse nome por causa das aves de bronze de cujos bicos jorrava água num pequeno chafariz.
Rua das Marrecas |
A rua era cheia de pensões de francesas, polonesas e judias, fugidas de sua terra e colhidas pelas malhas dos exploradores de escravas brancas. Foi lá que foi parar essa cearense foragida da seca. Foi lá, também, que surgiu a palavra encrenca. Quando os malandros e valentões da época invadiam a rua, as moças se escondiam e recusavam-nos, mandando dizer que tinham ein Kranke (uma doença, em iídiche, língua dos judeus).
Pois bem, numa dessas pensões o futuro líder perdeu a virgindade na cama da fogosa prostituta cearense que morreu sem saber que aquele garoto a quem se entregou viria a ser o grande homem que botou pra correr de seu país franceses, japoneses e americanos.
Trotkistas? Em 1911? Nem Trotsky sabia que era trotkista...
ResponderExcluirTrotkistas? Em 1911? Nem Trotsky sabia que era trotkista...
ResponderExcluirEm 1911, Trotski nem era bolchevique ainda. Ele se aproxima do bolchevismo em 1914.
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