Parece um conto das Mil e uma Noites, livro descoberto pelo Ocidente no século XVIII, quando foi traduzido por Antoine Galland, embaixador de Luís XIV junto à corte de Constantinopla.
A história da Jordaniana Najla Rox Uzeiz Marar bem que podia ter sido retirada do imaginário dos contadores árabes. Essa senhora mora no interior de São Paulo e um de seus filhos é o meu amigo Charles Marar. Veja o resumo da história dela, publicada na revita da Folha por Paulo Sampaio:
“O vestido de noiva do primeiro casamento, marcado para logo depois da Páscoa de 1947, na Jordânia, foi engavetado. O noivo morreu de véspera, depois de passar a tarde lendo sob o inclemente Sol desértico: a insolação evoluiu para uma meningite seguida de infecção hospitalar fatal. Najla Rox, a “viúva”, morava em Jerusalém e tinha então 15 anos, mas desde os 12 anos já sabia com quem iria se casar na igreja católica.
O escolhido pela família era seu tio-avô, o irmão mais novo de seu avô, filho caçula do quinto casamento de seu bisavô. Graças à profusa disposição do bisavô para o casamento, o morto não era tão velho quanto supõe o parentesco: tinha 21 anos.
“Apesar de nunca ter beijado meu noivo, nem no rosto, eu estava achando ótimo me casar, porque não gostava de estudar”, conta a bem humorada Najla, que hoje tem 81 anos, nove filhos, 13 netos, três bisnetos e vive na cidade paulista de Bauru.
O pai dessa prole, que inclue meu amigo Charles, vem a ser o irmão mais velho do noivo que morreu. Comerciante, estava morando no Brasil quando teve que voltar para a Jordânia para cuidar da mãe, que estava sozinha.
“Ela conta que nos primeiros meses ele adorou. Era matança de carneiro todo dia, farra, mas logo ele enjoou e arranjou um motivo para voltar para o Brasil.
O motivo era..Najla. Ele escreveu uma carta para o pai dela, pedindo a mão da jovem em casamento, e em 15 dias os dois estavam vivendo juntos no Brasil.”
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