Hebe Camargo, eterna musa do rádio e da TV no Brasil, tinha plateias muito fiéis. Num período, na TV, em todas as gravações de seus programas estava presente um tal Joaquim, homem vibrante, que chegava cedo e ocupava sempre o mesmo lugar, na primeira fila do auditório.
Um dia, porém, já no início das gravações, muito atenta, Hebe sentiu a falta do fã. Na primeira chance que teve, pediu ao pessoal da produção que investigasse o que teria ocorrido. Logo depois, veio a informação de que Joaquim não tinha ido naquele dia porque sua mãe havia falecido e ele estava no velório.
Hebe ficou chocada. Mas, já de posse do endereço do velório, mandou chamar seu motorista e zarpou rumo ao evento, que ocorria bem longe, na periferia de São Paulo.
Ao chegar, era uma casa simples, onde ela encontrou um aglomerado de gente do lado de fora. Lá dentro, a cena normal, com velas e flores, e a defunta estendida dentro de um caixão, sobre cavaletes improvisados.
Ao fundo, em pé, junto à cabeça da defunta, estava Joaquim, constrito, cabisbaixo, recebendo abraços e tapinhas nas costas, como é costume.
Hebe se esgueirou pelo aglomerado de gente até que adentrou a sala, o pequeno cenário daquele drama. Sentindo a movimentação, porém, Joaquim levantou a cabeça e, ao avistar a visitante, mudou o semblante, ergueu os braços e bradou:
-- Este é o dia mais feliz da minha vida!!!
(É pura verdade, segundo Rolando Boldrin, amigo de Hebe).
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