terça-feira, 7 de janeiro de 2014

LAMPIÃO FEZ TURISMO EM RECIFE




Quem conta é o advogado, administrador e dicionarista Geraldo Duarte neste artigo que pesquei do blog do Macário.

Popularmente e nas narrações dos biógrafos de Virgulino Ferreira da Silva, o Lampião, a sabença de seus ferimentos, em refregas, e enfermidades outras, faz-se conhecida.

Afirmam ter sido vítima de cinco lesões à bala. No ombro e virilha, ocorridas em 1921, em Conceição do Piancó, Paraíba. No ano seguinte, recebeu um tiro de raspão na cabeça. “Só por um milagre escapei” - disse o cangaceiro-maior ao doutor Otacílio Macedo. Projeteis, em 1924, 1926 e 1930, atingiram-lhe o dorso de um pé, à omoplata e o quadril, respectivamente. Ocorrências essas registradas nos municípios de Serra do Catolé, Belmonte e Floresta, Pernambuco, e Itabaiana, Sergipe.

O traumatismo da região inguinal, talvez, haja provocado seu modo de andar coxeante.

O jornal Correio de Aracaju, de 03/08/1938, divulgou notícia procedente de Maceió, afirmando que Aristéia Soares de Lima, que pertenceu ao cangaceirismo, se entregou. À polícia, em Santana de Ipanema, declarou que Virgulino “gostava de fotografar-se de pince-nez” e “era corcunda, coxo e cego de um olho.”.

De certeza, a saúde do capitão do Batalhão Patriota fragilizava-se com sérios problemas oftalmológicos.

A perfuração do globo ocular direito, causada por espinho ou garrancho de planta da caatinga, na década de vinte do século passado e, ainda, uma doença degenerativa que afetava a vista esquerda, poderia concorrer para uma cegueira funcional. Segundo relatos, esta visão era prejudicada por um leucoma que provocava intenso lacrimejar. Etiologias infecciosas comuns no Nordeste, como sarampo ou tracoma, podem ter sido causa, conforme estudos de especialistas.

Afora tais males, somava-se o de fotofobia, obrigando Virgulino à utilização permanente de lentes escuras.

Em 1929, por insistência de Maria Bonita, em face dos constantes incômodos visuais do amásio, levou-o a trajar-se com roupas habituais de proprietários de terras locais, modificar a aparência física e procurar atendimento médico. Foi internado, sem que lhe identificassem, no Hospital da Caridade de Laranjeiras São João de Deus, interior pernambucano.

O oftalmologista Antônio Militão de Bragança atendeu-o, tratou-o, extraiu-lhe o órgão vazado e cuidou do outro. Quase um mês de assistência hospitalar levou a recuperação. Pagas todas as despesas, em uma madrugada, furtivamente, partiu. Antes, escreveu em parede do quarto: “Doutor, o senhor não operou fazendeiro nenhum. O olho que o senhor arrancou foi o do Capitão Virgulino Ferreira da Silva, Lampião.”.

O chefe da cangaceiragem aterrorizou cidades de sete estados nordestinos, Bahia, Sergipe, Alagoas, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará. Jamais estivera em uma capital. Isso, até 19 de outubro de 1926.

Anterior ao tratamento comentado e procedido pelo doutor Antônio Bragança, o “Rei do Cangaço” necessitou de intervenção terapêutica mais complexa, somente realizada em clínicas oftálmicas especializadas.

A dificuldade acreditada insolúvel para o bandoleiro mostrou-se facílima para o coronel e deputado José Abílio de Albuquerque Ávila, seu coiteiro e fornecedor de armamentos e munições. A solução era viajar à mauriceia.

Não confiando em ninguém na vida, incluído o próprio Abílio, Lampião acampou cinquenta de seus cabras na fazenda do acompanhante, como garantia e segurança para a ida, a estada e o retorno da arriscada empreitada.

Disfarçado de latifundiário, usou barbas crescidas, óculos escuros, chapéu de massa, terno elegante e preparou-se para a viagem com seu protetor. De trem, rumaram de Garanhuns para o Recife.

Ali, submeteu-se a terapêutica ambulatorial com o então famoso cirurgião Isaac Salazar da Veiga e, durante a permanência, fez-se verdadeiro turista.

Pasmou-se com o intenso movimento de veículos pelas ruas e de pessoas nos estabelecimentos comerciais. Admirou-se com a imponência das igrejas. Visitou-as e nelas rezou. Passeou em bondes elétricos, indo à Olinda, quando conheceu a Sé e o Seminário. Surpreendeu-se com a imensidão do oceano, que desconhecia, e impressionou-se com os tamanhos dos navios. Conheceu o Cinema Royal, na rua Nova, onde assistiu a um filme, em cartaz, sobre a atividade militar. O Palácio do Campo das Princesas e o Quartel do 2º Batalhão mereceram especiais atenções. Frequentou o restaurante do Hotel Leão, na rua do Rangel, à época dos mais preferidos pelo público.

Turismo intenso viveu Lampião em sua temporada recifense.

           

METRÔS DO BRASIL E DO MUNDO






Metrô de Xangai
A maior rede metropolitana de metrô do mundo é a de Xangai, com 567 quilometros. A segunda maior é do metropolitano de Pequim, com 442 quilometros. O metrô de Nova Iorque possue a terceira maior rede do mundo com 418 quilometros de extensão. O mais antigo metrô do mundo, o de Londres, tem 408 quilometros.


O metrô de São Paulo, com 74 quilometros de extensão, é o maior do Brasil. Em segundo lugar vem o do Recife, com 71 quilometros, seguido pelo metrô de Brasília, com 42,4 quilometros, pelo Rio, com 40,9 km; Porto Alegre: 38,7 km; e Belo Horizonte , com 28,2 km. O metrô de Fortaleza tem 24 quilometros de extensão na sua linha Sul. Prometem construir outras linhas.

Metrô de Moscou
O segundo metrô mais usado do mundo é também um dos mais lindos. Quase sete milhões de pessoas usam o metrô de Moscou todos os dias, atravessando seus 305 quilômetros de túneis que chegam a atingir até 84 metros de profundidade. As estações são magníficas, verdadeiras joias da arquitetura de influências clássicas. A estação de Komsomolskaya, por exemplo, foi construída em 1930 e continua sendo considerada uma das mais antigas e belas do mundo.

A mais antiga linha de Metrô da América Latina é a linha a do Metrô de Buenos Aires. Foi inaugurada em 1913 época em que os gringos começavam achar que a capital do Brasil era Buenos Aires.

Homenagem 80 anos Wilson Ibiapina