Jorge Oliveira lança o livro "Muito Prazer, Eu Sou a Morte" em Brasilia, depois de lançá-lo em Lisboa e Maceió, É um livro muito interessante onde o autor ficciona a própria morte para contar sua trajetória jornalistica desde que saiu de Alagoas, quase um adolescente, pra conseguir um emprego de repórter no Correio da Manhã no Rio, passar pelas principais redações da cidade, até vir para Brasília em 1980 onde ganhou o primeiro Prêmio Esso de Jornalismo da CIdade. E o melhor tudo é que ele está vivinho da Silva pra contar esta história e pra rever os amigos.
Sente aí, vamos conversar. O blog é pra gente se aproximar, trocar idéias, divulgar crônicas, contos, reportagens, poesias. Alguma coisa desse material que inunda a Internet e roda pelo mundo, será mostrada aqui, também, a título de curiosidade. Portanto, vamos ter material pra ler e pra ver. Essa conversa fiada seria, a princípio, entre amigos, mas quem controla essa coisa?. E já que você chegou até aqui, se aveche, não . Pode ficar à vontade. Lembre que você está em casa.
terça-feira, 8 de março de 2016
NELSON RODRIGUES - O REACIONÁRIO
Wilson Ibiapina
O pernambucano de Recife, Nelson Rodrigues, é tido como o
mais influente dramaturgo do Brasil. Jornalista policial durante anos, adquiriu
experiência para escrever suas peças sobre a sociedade.
A vida como ela é, Vestida de Noiva, Mulher sem Pecado, Beijo
no Asfalto são algumas de suas peças que ajudaram a modernizar o teatro
brasileiro.
Nelson Rodrigues é autor de frases inesquecíveis como:
"Tarado é toda pessoa normal pega em flagrante."
No Brasil, quem não é canalha na véspera é canalha no dia
seguinte.”
"Deus só frequenta as igrejas vazias.”
"Copacabana vive, por semana, sete domingos."
"Não reparem que eu misture os tratamentos de tu e
você. Não acredito em brasileiro sem erro de concordância.
"Não há ninguém mais vago, mais irrelevante, mais
contínuo do que o ex-ministro".
"O Natal já foi festa, já foi um profundo gesto de
amor. Hoje, o Natal é um orçamento."
"Toda a unanimidade é burra."
Numa entrevista à repórter Luciane Louzeiro, do Jornal do
Brasil, Nelson falou sobre seu livro o Reacionário. Já doente , conversou mais
de uma hora com a jornalista sobre o livro. Editado pela Record, O Reacionário é uma autobiografia. Reúne confissões e
memórias. Disse pra Luciane: "O sujeito que ler o livro poderá me ver por
dentro. Recordo quando, aos 13 anos de idade, entrei para o jornalismo como
repórter de polícia. Esta opção eu explico: eu tinha muita curiosidade pelas
adúlteras, as adúlteras que o marido mata ou que se mata ou nem uma coisa nem
outra e continua traíndo". Na verdade, trata-se de uma coletânea de
crônicas que ele publicou no jornal O Globo e no Correio da Manhã, no período
de 1969 a 1974.
Nelson é convidado por uma livraria para lançar o livro em
Florianópolis. Como ele detestava viajar de avião, resolve ir de carro. Com a
saúde abalada, decide levar a irmã para cuidar dele. Foram 17 horas de viagem
do Rio até Florianópolis . Na capital catarinense vai direto pra livraria
carregando uma montanha de livros. Cansado, mas resistente. Ficou das 19 horas
até às 23 horas sentado em uma cadeira à espera de compradores. Não apareceu um
só catarinense para comprar seu livro O Reacionário. O jornalista Carlos
Henrique de Almeida Santos tem quase certeza que foi lá, naquele noite sem autógrafo, que ele cunhou a frase: "Se Deus não gostasse dos
idiotas não teria feito tantos."
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