terça-feira, 8 de março de 2016

CARPE DIEM - QUARTA-FEIRA - DIA 09 - 19 HORAS




Jorge Oliveira lança o livro "Muito Prazer, Eu Sou a Morte" em Brasilia, depois de lançá-lo em Lisboa e Maceió, É um livro muito interessante onde o autor ficciona a própria morte para contar sua trajetória jornalistica desde que saiu de Alagoas, quase um adolescente, pra conseguir um emprego de repórter no Correio da Manhã no Rio, passar pelas principais redações da cidade, até vir para Brasília em 1980 onde ganhou o primeiro Prêmio Esso de Jornalismo da CIdade. E o melhor tudo é que ele está vivinho da Silva pra contar esta história e pra rever os amigos.



Bebezinha Rebelde - HUMOR

NELSON RODRIGUES - O REACIONÁRIO




Wilson Ibiapina

O pernambucano de Recife, Nelson Rodrigues, é tido como o mais influente dramaturgo do Brasil. Jornalista policial durante anos, adquiriu experiência para escrever suas peças sobre a sociedade.

A vida como ela é, Vestida de Noiva, Mulher sem Pecado, Beijo no Asfalto são algumas de suas peças que ajudaram a modernizar o teatro brasileiro.

Nelson Rodrigues é autor de frases inesquecíveis como:

"Tarado é toda pessoa normal pega em flagrante."

No Brasil, quem não é canalha na véspera é canalha no dia seguinte.”

"Deus só frequenta as igrejas vazias.”

"Copacabana vive, por semana, sete domingos."

"Não reparem que eu misture os tratamentos de tu e você. Não acredito em brasileiro sem erro de concordância.

"Não há ninguém mais vago, mais irrelevante, mais contínuo do que o ex-ministro".

"O Natal já foi festa, já foi um profundo gesto de amor. Hoje, o Natal é um orçamento."

"Toda a unanimidade é burra."

Numa entrevista à repórter Luciane Louzeiro, do Jornal do Brasil, Nelson falou sobre seu livro o Reacionário. Já doente , conversou mais de uma hora com a jornalista sobre o livro. Editado pela Record, O Reacionário  é uma autobiografia. Reúne confissões e memórias. Disse pra Luciane: "O sujeito que ler o livro poderá me ver por dentro. Recordo quando, aos 13 anos de idade, entrei para o jornalismo como repórter de polícia. Esta opção eu explico: eu tinha muita curiosidade pelas adúlteras, as adúlteras que o marido mata ou que se mata ou nem uma coisa nem outra e continua traíndo". Na verdade, trata-se de uma coletânea de crônicas que ele publicou no jornal O Globo e no Correio da Manhã, no período de 1969 a 1974.



Nelson é convidado por uma livraria para lançar o livro em Florianópolis. Como ele detestava viajar de avião, resolve ir de carro. Com a saúde abalada, decide levar a irmã para cuidar dele. Foram 17 horas de viagem do Rio até Florianópolis . Na capital catarinense vai direto pra livraria carregando uma montanha de livros. Cansado, mas resistente. Ficou das 19 horas até às 23 horas sentado em uma cadeira à espera de compradores. Não apareceu um só catarinense para comprar seu livro O Reacionário. O jornalista Carlos Henrique de Almeida Santos tem quase certeza que foi lá, naquele  noite sem autógrafo, que ele cunhou  a frase: "Se Deus não gostasse dos idiotas não teria feito tantos."

Homenagem 80 anos Wilson Ibiapina