quarta-feira, 24 de julho de 2013


DOMINGUINHOS E AS BORBOLETAS - AYRTON ROCHA

DOMINGUINHOS, SUBIU AGORA, COMO UMA BORBOLETA,

NUM VALE, CHEIO DE FLORES

DOMINGOS, SUBIU SORRINDO,

DEPOIS DO SEU CHORO TÃO TRISTE,

DE SOFRER, E DE MUITAS DORES.

DOMINGUINHOS, HOJE,

É UM PÁSSARO CANTANTE

NUM CÉU CHEIO DE ESTRELAS,

ONDE SUA ESTRELA,

JÁ COMEÇA A BRILHAR

ELE CANTA LÁ, COM O SEU SORRISO,

E SUAS MUSICAS, QUE TANTO ME FEZ CHORAR.

CANTA DOMINGUINHOS, TOCA TEU FOLE,

MOSTRA PRA ESTRELAS, QUE TU SABES COMPOR,

TU SABES TOCAR, TU SABES CANTAR, TU SABES E CHORAR

MOSTRA PRO UNIVERSO,

A TUA MANEIRA DE AMAR.

UM BEIJO DO AMIGO,
AYRTON ROCHA


UM VAZIO NA MÚSICA NORDESTINA




wilson ibiapina


E lá se foi também Dominguinhos, cantor, compositor, instrumentista e sanfoneiro pernambucano , filho musical de Luis Gonzaga, parceiro e amigo de artistas como Chico Buarque, Gilberto Gil, Gonzaguinha, Nando Cordel, Anastácia, Fagner, Fausto Nilo e Abel Silva.

José Domingos de Moraes nasceu em Garanhuns, Pernambuco, em 12 de fevereiro de 1941. Filho do mestre Chicão, famoso tocador e afinador de foles de oito baixos. Ainda menino, aos 6 anos, acompanhado de dois irmãos, tocava em feiras e portas de hotéis do interior pernambucano. Com oito anos de idade, conheceu Luiz Gonzaga, que acabou se tornando o seu padrinho artístico. Em 1954, mudou-se para o Rio de Janeiro. Foi morar com o pai e com o irmão mais velho no município de Nilópolis, na Baixada Fluminense. Ganhou do padrinho Luiz Gonzaga uma sanfona de presente e o nome artístico de Dominguinhos. Gonzagão achou que o apelido de infância, Neném, não o ajudaria na vida profissional.

Com a sanfona que ganhou do próprio Gonzagão, passou a percorrer o interior do Rio de Janeiro na companhia dos irmãos. Em 1957, aos 16 anos, fez sua
gravação, tocando sanfona num disco de Luiz Gonzaga, na música “Moça da feira”, de Armando Nunes e J. Portela. No mesmo ano, em viagem ao Espírito Santo, com Borborema e Miudinho, irmão do Denis Marcos, formou um trio, batizado de Trio Nordestino. Tomou contato com outros ritmos musicais e aprendeu a tocar samba e bolero. Voltou ao Rio de Janeiro e formou um conjunto que passou a atuar em dancings, boates e inferninhos nas zonas da malandragem. 

Em 1965, foi convidado por Pedro Sertanejo, então diretor da recém-inaugurada gravadora Cantagalo, para gravar um LP destinado ao público migrante nordestino e, com isso, voltou a tocar forrós e baiões. Em 1967, fez parte de uma excursão de Luiz Gonzaga ao Nordeste, como sanfoneiro e motorista. Também fazia parte do grupo a cantora pernambucana Anastácia. Os dois iniciaram então uma carreira artística conjunta e um relacionamento amoroso, que os levou ao casamento. Observado pelo empresário Guilherme Araújo tocando num show de Luiz Gonzaga, em 1972, foi convidado por ele a trabalhar com Gal Costa e Gilberto Gil. Viajou para a França com Gal, acompanhando a cantora baiana em apresentação no Midem, em Cannes. São mais de 300 músicas gravadas. São inúmeros seus parceiros letristas.

Dominguinhos teve  duas grandes paixões: Anastácia e Guadalupe. Quando era casado com Anastácia, companheira letrista, Dominguinhos, em Fortaleza, ficava hospedado na casa de Helena e Egídio Serpa. Amizade que Dominguinhos e Anastácia homenagearam  com o “Chorinho pro Egídio Serpa. O jornalista lembra o lado brincalhão e bem humorado do sanfoneiro, que se divertia com tudo. É o próprio Egídio quem conta:

"Aconteceu no começo dos anos 70. Levei Dominguinhos à casa do empresário Caetano Baima, que na época era dono de uma grande empresa de ônibus em Fortaleza. O anfitrião, ligado a mim por laços de família, reuniu amigos em sua residência para um churrasco. Dominguinhos, a meu pedido, carregou sua sanfona - uma Scandalli linda - e, no meio da festiva-reunião, começou a tocar. Todos se acercaram  do sanfoneiro, cujo virtuosismo os encantou e os incentivou a beber ainda mais cerveja e uísque.

Uma hora depois, o dono da casa propôs o pagamento de um cachê para que o talento de Dominguinhos continuasse inundando de alegria o ambiente. -- Zé Domingos, o Caetano está oferecendo tal quantia para você tocar mais uma hora, disse-lhe eu, transmitindo a proposta. A resposta de Dominguinhos teve a sabedoria de quem entende de encontros etílico-musicais: -- Deixa ele beber mais.

Foi o que aconteceu. Poucos minutos depois, Caetano, entusiasmadíssimo com a sanfona do ilustre convidado, ofereceu o dobro. E a festa prosseguiu".

Fausto Nilo, um de seus parceiros, conta que Dominguinhos fazia uma música, gravava e enviava a fita pra ele colocar uma letra. Quando a composição  ficava pronta geralmente exclamava “rapaz, fui eu mesmo que fiz isso?", admirava-se com a própria criação.

Era um gozador, passava o tempo se divertindo. Nos anos 80 ele mandou uma música pro Fausto colocar uma letra.  Semanas depois, Fausto Nilo recebe uma fita, já com ele cantando a nova composição e um bilhete: “Fausto,“Pedras que cantam”, só tu mesmo. Achei a letra legal, mas meio estranha. Quem sabe, aparece um doido e grava, né?". O doido apareceu. Fagner gravou e o sucesso virou tema de novela da Globo. No auge do sucesso, o Fausto foi chamado pelo Abel Silva para ouvir, no bar da Cobal, no Rio, Tom Jobim cantar uma parodia de Pedras que Cantam.

Dominguinhos, que começou imitando muita gente, deixa  seu estilo próprio e muita personalidade. No entanto, quando puxa o fole e canta, não tem como a gente não lembrar do Gonzagão. Existe uma natural semelhança, positiva, na linha musical dos dois - evidentemente, cada um com suas peculiaridades. 

Fagner me disse que a última coisa que gravou com Dominguinhos foi um documentário relembrando Luiz Gonzaga por ocasião do seu centenário. “Ficou
lindo, disse Fagner.

terça-feira, 16 de julho de 2013

NO DIA QUE BRASÍLIA COMEÇOU



21 de abril de 1960




Da esquerda para direita: José Jacaúna de Souza, chefe do Jurídico do Banco Central; América de Souza; Yolanda de Souza e seu marido,  deputado Colombo de Souza; os  filhos do casal: jornalista Colombo Filho e o hoje embaixador do Brasil na República Dominicana, Marcus Vinicius de Souza e, por último, o jornalista Jezer de Oliveira. Testemunhas oculares da história, a família e o amigo posaram para a posteridade na praça dos Três Poderes tendo ao fundo os anexos do Congresso Nacional.  A foto é de Leocácio  Ferreira, que veio cobrir a inauguração com os repórteres Juarez Temóteo e Nogueira Saraiva para os jornais Correio do Ceará e Unitário e Ceará Rádio Clube. E lá se vão 53 anos...

A IMPRENSA NOSSA DE CADA DIA




Wilson Ibiapina

Estou na ativa desde os anos 60, século passado. Acompanhei de perto a transformação que vem passando a mídia em todo mundo. Lembro quando chegou o primeiro teletipo, transmitindo as notícias da UPI, na redação dos Diários e Emissoras Associados, em Fortaleza. Até então as noticias nacionais e internacionais chegavam via código morse. O acreano Napoleão Pimentel operava um rádio hammarlund . Sintonizava a agência e ia traduzindo o código para o português. A chegada da máquina que trabalhava só, que soltava a notícia pronta, provocou um trauma no nosso radiotelegrafista. Sua primeira reação diante da novidade foi jogar a máquina de escrever pela janela. Depois se enfurnou num boteco e bebeu todas. Quando voltou ao trabalho já não era o importante tradutor que abastecia as redações dos jornais, rádio e TV. Virara um mero cortador daquelas longas laudas, separando as notícias e entregando-as na redação. Virou um contínuo.

As mudanças tecnológicas foram avançando, retirando das redações as pranchetas dos diagramadores, acabando com a radiofoto e a telefoto. O computador silenciou as redações, a câmera de filme foi substituída pelo vídeo. A máquina fotográfica ficou digital, sem filme, as impressoras se modernizaram e o jeito de fazer jornal também foi mudando.

Quando Maria Luiza foi eleita prefeita de Fortaleza pelo Partido dos Trabalhadores, lembrei do governador Virgílio Távora que gostava de falar usando uma linguagem telegráfica. Foi inspirado nele que sugeri ao editor Francisco Billas a manchete do dia. Ele acatou e o Diário do Nordeste estampou na primeira: “Maria Luiza Prefeita. PT Saudações”.

Hoje fica difícil fazer manchete assim. Os jornais enumeram as principais notícias do dia e ligam para um determinado número de assinantes. Perguntam qual desses fatos do dia gostariam de ver na primeira página. A notícia mais votada vira a manchete.

Quer dizer, o jornalismo boêmio, amador, que a gente fazia com o Odalves Lima cedeu lugar ao pragmatismo. Os jornais viraram empresas. A forma de fazer jornal continua mudando. Hoje qualquer um pode fazer sua notícia, sua denúncia e colocar na Internet, nas redes sociais. No momento em que qualquer um pode ser redator, repórter, o amadorismo se sobrepondo ao profissionalismo, o papel do jornalista virou uma interrogação.

Para onde vamos?


os cursos de comunicação debatem que tipo de profissional vão formar. Aliás, essa preocupação vem desde o final do século passado. Em 1977, vinte e cinco influentes jornalistas americanos se reuniram em Havard para analisar a profissão. Já preocupava a influência dos anunciante e das novas tecnologias sobre os meios de comunicação. Essa influência gerava problemas e, em consequência, a sociedade vinha perdendo sua confiança no que era noticiado. A vulgarização dos noticiários e a desmoralização do modelo clássico de reportagem, além de programas de entretenimento disfarçados de jornalismo, motivaram a criação de um Comitê dos Jornalistas Preocupados. O Comitê elaborou pesquisas sobre as expectativas da profissão e chegou a formular nove enunciados como fundamentais para a prática jornalística na sociedade. O primeiro se propõe a responder a questão: para que serve o jornalismo?


Diz lá: “o jornalismo serve para construir a comunidade, a democracia. Ele deve fornecer informações às pessoas para que sejam livres e capazes de se autogovernar. O jornalismo influencia a qualidade de nossas vidas, nossos pensamentos e nossa cultura. Enfim, o bom jornalismo deve ser comprometido com a verdade, a disciplina, a independência e a lealdade”.

Toda essa história você encontra no livro de Bill Kovach e Tom Rosensteil, chamado “Elementos do Jornalismo: o que o jornalista deve saber e o público deve exigir”. Uma leitura essencial para quem está no ramo.

E AGORA, JOSÉ?





Wilson Ibiapina

Quando o país inteiro se prepara para Copa do Mundo 2014 automaticamente sou levado a 1958, ano em que o Brasil ganhou pela primeira vez o título de campeão do mundo. Nem dá para esquecer aquela tarde de 29 de junho. Era dia de São Pedro, última festa junina comemorada com fogos de artifício.

Em Fortaleza, Fransquinho e seu irmão Flávio Pessoa organizaram tudo na casa deles, na Clarindo de Queiroz, em frente à praça São Sebastião. Na sala, o recém adquirido rádio vitrola Telefunken, som HiFi, ligado numa emissora do Rio que transmitia a partida. Não existia televisão. O som ia e voltava cheio de ruídos. Ouvia-se mais chiados do que a voz do locutor. Garrincha, o melhor do time, era de uma ingenuidade sem igual. Chegou a vender bem baratinho um rádio portátil que adquirira, uma novidade que o Brasil não conhecia. Os colegas disseram a ele, de gozação, que o rádio só falava sueco. Naquele tempo, os atletas só pensavam em jogar bola, ao contrário dos de hoje que pensam mais em dinheiro e fama do que em futebol. 

Quando o juiz francês apitou o final da partida, o Brasil ganhava de 5x2 e era o melhor do mundo. Um amigo nosso, Airton, foi pra calçada, tirou uma bomba rasga-lata do bolso e riscou numa caixa de fósforo. Em meio a euforia da vitória, jogou a caixa de fósforo fora e a bomba explodiu levando seus dedos. A copa marcava também a estreia de um jovem de 17 anos, Pelé, que depois se transformou no maior craque do planeta. A glória da chamada era Garrincha foi vista de novo no Chile em 1962. Na final contra a Tchecoslováquia, Garrincha jogou com 38 graus de febre. 3X1.

A Copa foi ganha pela terceira vez em 1970, na Cidade do México. Brasil 4x1 Itália. A Taça Jules Rimet ficou definitivamente no país. Depois foi roubada e nunca mais se teve notícia dela.

Aí, o Brasil amargou um jejum de 24 anos. Só em 1994 a seleção canarinha voltaria a disputar a final de uma Copa. E lá está a Itália de novo como adversária. A exemplo do que ocorreu no México, os italianos perderam e o Brasil voltou dos Estados Unidos com o tetracampeonato. 

A Copa de 2002 foi na Ásia com os jogos no Japão e na Coreia do Sul. No último jogo contra a Alemanha, Ronaldo fez dois gols e o Brasil virou pentacampeão. Somos o único país a ganhar copas nos três continentes onde a competição foi realizada: Europa, América e Ásia.

E agora, José, perguntaria o poeta Drummond. Em 1950 a festa acabou no Maracanã com a vitória do Uruguai.”A luz apagou/ o povo sumiu/ a noite esfriou/ E agora José?”

2014 vai acabar de novo no Maracanã. 'E agora, você que é sem nome/ que zomba dos outros/você que faz versos/ que ama protesta/ E agora José?”

sábado, 13 de julho de 2013

NO SENADO


Jornalistas  Pádua Lopes e Wilson Ibiapina, no plenário do Senado, celebrando uma amizade que vem do século passado.


quinta-feira, 4 de julho de 2013

E LÁ SE VÃO 26 ANOS

O Brasil reatou relações diplomáticas com Cuba no dia 14 de junho de 1986. No ano seguinte, 1987, uma equipe da então Radiobrás foi a Havana para fazer a transmissão do Presidente Fidel Castro falando via telefone com o Presidente José Sarney. Estavam lá  Carlos Zarur, Evori Gralha, José Valmir, Edimar Moreno e  Osvaldo Alves.  Na foto, Fidel sente o peso da câmara que  o Evori usou  para filmar a cerimônia.


terça-feira, 2 de julho de 2013

JORGE FERREIRA - DEU NO CLÁUDIO HUMBERTO

Armazém do Ferreira recebe prêmio da revista veja


O empresário e poeta, Jorge Ferreira, morreu na tarde de hoje (2) no Rio de Janeiro. Ferreira sofreu um Acidente Vascular Cerebral (AVC) enquanto estava sozinho em seu apartamento na capital carioca. Ainda assim conseguiu entrar em contato com o porteiro, que chamou o atendimento de emergência. Ferreira estava internado há duas semanas e era atendido pelo neurocirurgião especialista, Paulo Niemeyer Filho. Nos últimos dias ele contraiu uma pneumonia e sofreu outro AVC, o que levou ao óbito.
Amigo pessoal de diversas autoridades e políticos, inclusive do ex-presidente Lula, Ferreira jogava futebol com o governador do DF, Agnelo Queiroz, o ministro do STF, Dias Toffoli e o ex-deputado federal pelo DF, Sigmaringa Seixas. Conhecido pela irreverência, era dono de diversos bares e restaurantes tradicionais em Brasília, como o Armazém do Ferreira e o Feitiço Mineiro.

O ADEUS AO REI DA NOITE



Jorge Ferreira não tinha nem 60 anos.Trabalhava feito doido e começava a ver o resultado de seu esforço. Casa em Brasília, apartamento no Rio, viagens ao exterior, compondo, escrevendo, diversificando os negócios. 

No auge da vida, feliz com a família, com os negócios. com os amigos, com ele mesmo. Aí vem  a morte e corta o destino, tudo.  

Lá se foi o Jorjão, seus sonhos, sua verve, sua vida. Aos que  ficamos só resta lamentar. Uma porrada que derrubou a família, os amigos. Parece feitiço.


“Eu vim para Brasília, 25 anos atrás, por amor. E hoje continuo amando a mesma mulher, Denise, que foi a causa de minha mudança de Juiz de Fora para cá. E, claro, amo também a cidade que adotei.” 

O comentário é de Jorge Ferreira, sociólogo, professor e líder sindical. Nascido em Cruzília (MG), virou um brasiliense da mais pura cepa. Hoje, é mais conhecido como o Jorjão do Feitiço Mineiro, o bar e restaurante de cozinha mineira, instalado na Asa Norte e que, desde 1989, tornou-se ponto de referência de boa comida, bebida e, sobretudo, música ao vivo.

Na verdade, hoje ele é bem mais do que o Jorjão do Feitiço. Seu “império” agrega nada menos que dez bares e restaurantes, com sócios diferentes.

Em 1985, contratado como professor durante a gestão do jornalista Pompeu de Souza na Secretaria de Educação de Brasília, no governo José Aparecido, Jorjão foi o responsável pela reintrodução do ensino de Sociologia na rede pública. Sua vida começou a mudar no começo de 1988. Demitido por ter liderado uma greve de professores, aceitou a proposta de um primo para ficar sócio de uma pizzaria na Asa Norte. No ano seguinte, abriu o Feitiço em uma loja vizinha. “A burguesia não quis que eu continuasse lecionando. E virei empresário meio que no tapa”, ri. No final de 1998, Jorjão, até então ligado à política e às atividades sindicais, decidiu que era a hora de tornar-se empresário em tempo integral. “Conversei com minha mulher e decidimos ir com tudo”, conta. “A Denise, que trabalhava na Câmara Federal, largou o emprego e virou a administradora de tudo.”

No ano passado, Jorjão lançou um livro de contos, com projeto gráfico de Ziraldo e volta e meia promove eventos culturais na cidade que ama. E não se esquece da crise institucional que Brasília vive hoje.

“Temos de expurgar nossa cidade desse grupo que a comanda em benefício de alguns e não de todos nós”, opina. “É preciso passar a limpo e retomar o sonho de JK.”


Homenagem 80 anos Wilson Ibiapina