Irlam Rocha Lima
Uma rara unanimidade no meio musical brasiliense, José Alencar Soares, o Alencar Sete Cordas, foi responsável pela formação de violonistas de diferentes gerações. Um dos fundadores do Clube do Choro, do grupo Choro Livre e primeiro professor da Escola Brasileira de Choro Raphael Rabello, ele comemorou 60 anos, em 17 de junho deste ano, com uma grande festa, cercado de amigos, colegas e discípulos. No começo da madrugada de ontem, morreu, no Hospital de Base, vítima de enfarte.
Na noite de quarta-feira, convidado especial de Antônio Carlos Bigonha, em show no Clube do Choro, Alencar subiu ao palco, no segundo bloco, e acompanhou o pianista em Carta a Niemeyer. “Ele estava tranquilo, feliz, e tocou lindo, recebendo aplausos calorosos da plateia. Dediquei a música a ele e ao Reco do Bandolim”, conta Bigonha. Logo após sair de cena, Alencar passou mal e foi para o carro.
Ao ser informado do ocorrido pelo segurança do clube, Reco do Bandolim foi ao encontro do violonista e o viu pálido, com falta de ar e sentindo fortes dores. “Imediatamente, levei Alencar ao Hospital de Base. Lá, o médico tentou reanimá-lo com massagem, choque, mas não houve jeito. À 0h15, ele morreu, vítima de enfarte fulminante”, conta Reco.
O violonista, natural de Ipu (CE), radicado em Brasília desde 1971, servidor do INSS, deixou mulher e três filhos. O corpo será velado hoje, a partir das 6h, na Capela 6 do Campo da Esperança, onde será sepultado às 11h. No local, músicos ligados ao Clube do Choro vão prestar a última homenagem ao colega. Ontem, Reco do Bandolim anunciou que a Sala n° 1 da Escola Brasileira de Choro Raphael Rabello vai receber o nome de Alencar Sete Cordas.
Roda de choro
Logo que chegou à cidade, o violonista foi ao encontro dos músicos que participavam da roda de choro no apartamento de Odete Ernest Dias, na 311 Sul, onde foi criado o Clube do Choro. Ontem, a flautista, que voltou a morar no Rio de Janeiro, soube da morte do amigo logo no começo da manhã. “Estou chorando desde que tomei conhecimento da morte dessa pessoa íntegra, de grande doçura e um músico extraordinário. O Alencar gravou pela primeira vez ao me acompanhar no choro Só para moer, faixa do disco A história da flauta brasileira, que lancei pelo selo Eldorado em 1981”, lembra, saudosa.
Nome destacado da música instrumental brasileira, o bandolinista Hamilton de Holanda recorda-se de Alencar com muito carinho. “Aprendi muito ouvindo-o tocar. O Alencar participou da gravação do disco de estreia do Dois de Ouro, no qual o Fernando César e eu registramos duas músicas dele, Imagem e Imitação. Ele deixou como legado um método de ensino revolucionário, sem necessidade de cifra, que facilita a vida de quem pretende aprender a tocar violão e outros instrumentos de corda.”
Músico com quem Alencar vinha tocando ultimamente, o bandolinista Jorge Cardoso era só tristeza ao falar, ontem, sobre o amigo e conterrâneo. “Nos conhecemos em Fortaleza e nos reencontramos em Brasília. Ultimamente, fazíamos muitas apresentações juntos. Ainda não estou acreditando que ele tenha morrido. O Brasil perde um grande mestre do violão sete cordas”, afirmou, desolado.
Na noite de quarta-feira, convidado especial de Antônio Carlos Bigonha, em show no Clube do Choro, Alencar subiu ao palco, no segundo bloco, e acompanhou o pianista em Carta a Niemeyer. “Ele estava tranquilo, feliz, e tocou lindo, recebendo aplausos calorosos da plateia. Dediquei a música a ele e ao Reco do Bandolim”, conta Bigonha. Logo após sair de cena, Alencar passou mal e foi para o carro.
Ao ser informado do ocorrido pelo segurança do clube, Reco do Bandolim foi ao encontro do violonista e o viu pálido, com falta de ar e sentindo fortes dores. “Imediatamente, levei Alencar ao Hospital de Base. Lá, o médico tentou reanimá-lo com massagem, choque, mas não houve jeito. À 0h15, ele morreu, vítima de enfarte fulminante”, conta Reco.
O violonista, natural de Ipu (CE), radicado em Brasília desde 1971, servidor do INSS, deixou mulher e três filhos. O corpo será velado hoje, a partir das 6h, na Capela 6 do Campo da Esperança, onde será sepultado às 11h. No local, músicos ligados ao Clube do Choro vão prestar a última homenagem ao colega. Ontem, Reco do Bandolim anunciou que a Sala n° 1 da Escola Brasileira de Choro Raphael Rabello vai receber o nome de Alencar Sete Cordas.
Roda de choro
Logo que chegou à cidade, o violonista foi ao encontro dos músicos que participavam da roda de choro no apartamento de Odete Ernest Dias, na 311 Sul, onde foi criado o Clube do Choro. Ontem, a flautista, que voltou a morar no Rio de Janeiro, soube da morte do amigo logo no começo da manhã. “Estou chorando desde que tomei conhecimento da morte dessa pessoa íntegra, de grande doçura e um músico extraordinário. O Alencar gravou pela primeira vez ao me acompanhar no choro Só para moer, faixa do disco A história da flauta brasileira, que lancei pelo selo Eldorado em 1981”, lembra, saudosa.
Nome destacado da música instrumental brasileira, o bandolinista Hamilton de Holanda recorda-se de Alencar com muito carinho. “Aprendi muito ouvindo-o tocar. O Alencar participou da gravação do disco de estreia do Dois de Ouro, no qual o Fernando César e eu registramos duas músicas dele, Imagem e Imitação. Ele deixou como legado um método de ensino revolucionário, sem necessidade de cifra, que facilita a vida de quem pretende aprender a tocar violão e outros instrumentos de corda.”
Músico com quem Alencar vinha tocando ultimamente, o bandolinista Jorge Cardoso era só tristeza ao falar, ontem, sobre o amigo e conterrâneo. “Nos conhecemos em Fortaleza e nos reencontramos em Brasília. Ultimamente, fazíamos muitas apresentações juntos. Ainda não estou acreditando que ele tenha morrido. O Brasil perde um grande mestre do violão sete cordas”, afirmou, desolado.
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