domingo, 20 de janeiro de 2013

A BONITA E CARA PIRENÓPOLIS




Wilson Ibiapina


Você viaja 182 quilômetros de carro e sai da cidade mais moderna do país e chega a Pirenópolis, uma cidade colonial fundada por portugueses no século XVIII. 

A cidade é toda calçada com lascas de pedras, sobras da pedreira de quartzito, a famosa pedra de Pirenópolis que, depois do ciclo do ouro voltou a alavancar a economia do município. Foi usada na construções de Goiânia em 1930 e de Brasília nos anos 60. 

A iluminação das ruas lembra os lampiões a gás de antigamente. Toda a fiação, inclusive de telefone, é subterrânea. Nisso, a cidade ganha de Brasília, não se vê lá rede aérea de energia. A Capital do país era para ser assim também, não fosse o descaso da CEB.

Durante muito tempo, até meados do século XX, Pirenópolis só era lembrada por ocasião das festas, que sempre tiveram bastante destaque, como a do Divino, que vem desde 1819.

Foi mesmo Brasília que colocou Pirenópolis no mapa. A venda de pedra se intensificou, surgiram as rodovias e o brasiliense aos poucos foi descobrindo a beleza da histórica cidade. Os hippies foram os primeiros a chegar por lá, nos anos 80, desenvolvendo o artesanato. Depois chegaram os servidores públicos, profissionais liberais que foram comprando casas e a cidadde aos poucos foi sendo revigorada. 


Em 1989, a cidade dos pirineus foi tombada pelo IPHAN, Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, como conjunto paisagístico e em 1997 iniciou-se um projeto de revitalização do Centro Histórico, quando a igreja matriz, o cine-Pireneus, o teatro e outros monumentos foram restaurados, reformados e reconstruídos criteriosamente.

O turismo, como atividade econômica, teve um forte impulso a partir de 2000, com a divulgação maciça de Pirenópolis e Goiás através do Governo do Estado, por meio de novelas, anúncios televisivos, revistas e até do carnaval carioca.

Hoje possui bons restaurantes, pousadas, lojas com muitos produtos e barzinhos. À noite, a rua do Lazer se transforma numa passarela, onde desfilam os visitantesNove cachoeiras em sete rios que compoem a bacia Platina estão à disposição de quem gosta de aventura ao ar livre.

Um belo programa de fim de semana que, infelizmente, não está ao alcance do bolso de qualquer um. Tudo lá é muito caro, tipo espanta turista. O temor é que a cidade entre num novo ciclo de decadência.








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