Já havia lido esse artigo na Folha. Realmente, é interessante ver a comparação que ele faz entre os orientais e nós, ocidentais. Tem uma questão cultural que vem de longe. No Brasil, os portugueses, depois de matarem e tomarem as terras dos índios, estupravam as índias e beneficiavam os filhos da violência com privilégios na hora de preencher cargos públicos.Os portugueses implantaram o que se chama "patrimonialismo". Traduzindo: formação de patrimônio privado, a partir de recursos públicos, sorrateiramente desviados.
A mesma coisa fizeram os "comunistas"do Leste Europeu. Desviaram o patrimônio do Estado Soviético para camaradas bem posicionados no Poder, que se tornaram os novos capitalistas dos diversos países que compunham a antiga URSS. E também nos outros países que os comunistas tomaram dos nazistas na Europa.
Realmente, antes da Lei vem a Ética. Num mundo de alta competitividade e apelos ao consumismo nos meios de comunicação, a praga patrimonialista tende a aumentar. De outra parte, a impunidade. Prendem dezenas, lotam aviões para conduzir a Brasília. Pouco tempo depois, estão soltos. E nada de devolver o que roubaram. Marcha contra a Corrupção? Está fora de foco.
A Grande Marcha deveria ser de apoio à Ministra Eliane Calmon, que foi no foco e colocou o dedo na ferida. Por conta disso, ficou queimada no meio da magistratura.
Quem solta os bandidos por meio de habeas corpus de fundamentos duvidosos? Não é o Legislativo nem o Executivo. Daí o descrédito no Poder Judiciário, que estimula a violência e o crime, pois as pessoas passam a fazer justiça com as próprias mãos e/ou avançam no patrimônio alheio, sabendo que não serão alcançados, pois sabem da morosidade ou da complacência daquele Poder.
Sem uma faxina nesse Poder, dificilmente alguma coisa mudará. Você conheceu a Justiça do tempo do Ferreirinha. Vê se era igual à de hoje?
Abraços
Francis
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