Na comemoração dos nove anos do programa Senhor Brasil, na TV Cultura, de São Paulo, Rolando Boldrin fez todo mundo chorar, em minha casa. Ele reapresentou a entrevista com Chico Anísio, onde ele, já cansado, respirando com dificuldade, presta uma homenagem a Belchior, que por sinal estava no auditório. Ele também se emocionou e chorou. Depois de algumas histórias e causos cearenses, Chico Anísio cantou, declamando, “Galos, Noites e Quintais:
“Quando eu não tinha o olhar lacrimoso,
que hoje eu trago e tenho;
Quando adoçava meu pranto e meu sono,
no bagaço de cana do engenho;
Quando eu ganhava esse mundo de meu Deus,
fazendo eu mesmo o meu caminho,
por entre as fileiras do milho verde
que ondeia, com saudade do verde marinho:
que hoje eu trago e tenho;
Quando adoçava meu pranto e meu sono,
no bagaço de cana do engenho;
Quando eu ganhava esse mundo de meu Deus,
fazendo eu mesmo o meu caminho,
por entre as fileiras do milho verde
que ondeia, com saudade do verde marinho:
Eu era alegre como um rio,
um bicho, um bando de pardais;
Como um galo, quando havia...
quando havia galos, noites e quintais.
Mas veio o tempo negro e, à força, fez comigo
o mal que a força sempre faz.
Não sou feliz, mas não sou mudo:
hoje eu canto muito mais.”
um bicho, um bando de pardais;
Como um galo, quando havia...
quando havia galos, noites e quintais.
Mas veio o tempo negro e, à força, fez comigo
o mal que a força sempre faz.
Não sou feliz, mas não sou mudo:
hoje eu canto muito mais.”
Veja como foi:
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