Jornalistas Cláudia Bojunga e Wilson Ibiapina |
Wilson Ibiapina
Pois não é que descubro que uma colega de redação é bisneta
de dois ilustres brasileiros: o cearense
Gustavo Barroso e o carioca Roquete Pinto.
Roquete pinto e Gustavo Barroso |
Jornalista Vera Barroso |
Cláudia é filha de Vera Barroso,
jornalista que se notabilizou apresentando programas culturais na TV Educativa
do Rio e na TV Brasil, abordando temas sobre literatura, teatro cinema e
história.
O pai de Cláudia é o escritor Cláudio Bojunga, carioca que conheci através de Luís Edgar de Andrade, amigo comum. Cláudio foi editorialista do Jornal do Brasil, editor da Veja, dirigiu o telejornalismo da TVE depois de trabalhar como correspondente internacional. É dele o texto do filme Os anos JK, de Silvio Tendler. Mais importante que ele é o avô, Edgard Roquete Pinto, médico legista que acompanhou o marechal Rondon em suas excursões pelo interior do Brasil. Roquete Pinto foi professor, antropólogo, etnólogo, e escritor membro da Academia Brasileira de Letras. Ficou famoso como precursor da radiodifusão no Brasil. Em 1923 ele convenceu a Academia Brasileiras de Ciências a adquirir a primeira emissora de rádio que os americanos montaram no Rio em 1922, durante as comemorações do primeiro centenário da independência do país. Ele queria uma emissora educativa, como é até hoje a Rádio MEC. Segundo Roquete Pinto "o rádio é o jornal de quem não sabe ler, é o mestre de quem não pode ir à escola, é o divertimento gratuito do pobre."
Cláudio Bojunga |
O pai de Cláudia é o escritor Cláudio Bojunga, carioca que conheci através de Luís Edgar de Andrade, amigo comum. Cláudio foi editorialista do Jornal do Brasil, editor da Veja, dirigiu o telejornalismo da TVE depois de trabalhar como correspondente internacional. É dele o texto do filme Os anos JK, de Silvio Tendler. Mais importante que ele é o avô, Edgard Roquete Pinto, médico legista que acompanhou o marechal Rondon em suas excursões pelo interior do Brasil. Roquete Pinto foi professor, antropólogo, etnólogo, e escritor membro da Academia Brasileira de Letras. Ficou famoso como precursor da radiodifusão no Brasil. Em 1923 ele convenceu a Academia Brasileiras de Ciências a adquirir a primeira emissora de rádio que os americanos montaram no Rio em 1922, durante as comemorações do primeiro centenário da independência do país. Ele queria uma emissora educativa, como é até hoje a Rádio MEC. Segundo Roquete Pinto "o rádio é o jornal de quem não sabe ler, é o mestre de quem não pode ir à escola, é o divertimento gratuito do pobre."
O outro bisavô da minha amiga Cláudia é Gustavo Adolfo Guilherme Dodt da Cunha Barroso. Foi advogado, professor, contista, folclorista,
cronista, romancista e exímio desenhista. Aos 23 anos publicou seu primeiro
livro. Com o pseudônimo de João do Norte, ele escreveu Terra de Sol, um ensaio sobre
a natureza e os costumes do sertão cerense;. Além dos muitos artigos, crônicas,
contos, desenhos e caricaturas que deixou em jornais e revistas de Fortaleza e
do Rio, Gustavo Barroso deixou 128 livros sobre literatura, economia, poesia,
folclore, ficção, biografias, política, memórias, críticas e ensaios que
assinava como João do Norte, Nautilus, Claudio França e Jotanne.
A bisneta Cláudia, como se vê, tem berço. Uma jovem jornalista com um futuro
garantido no cenário nacional. Pensei
até em perguntar sua idade, mas lembrei uma frase do bisavô Gustavo Barroso:
"Às damas e aos poetas não se pergunta a idade. A mocidade das damas está
na beleza que apresentam: a mocidade dos poetas está nos versos que
fazem."
Desenho da fachada do Liceu feito por Gustavo Barroso |
Esse é desenho que Gustavo Barroso fez da primeira sede do Liceu do Ceará, construída
em 1894 na praça dos Voluntários. Hoje, o Liceu, com mais de 150 anos, está na
praça que leva o nome do ex-liceista, que também é autor da letra do hino de
Fortaleza.
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